sábado, 18 de junho de 2011

LIDERANÇA, A PRÁTICA E A TEORIA

Sempre tive dificuldade em estudar conceitos sem aplicá-los de forma mais clara, no nosso cotidiano real. Afinal podemos saber quais são todos os tipos de líderes que existem, mas nó sabemos qual o tipo que devemos ser? Quais características temos que ter para nos tornarmos bons líderes?


Apresentarei para vocês abaixo um texto voltado a parte prática e um artigo voltado a parte de dissecação do tema, o conhecimento teórico:





O QUE CARACTERIZA UM BOM LÍDER? ( A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA)






Gerentes não são necessariamente verdadeiros líderes. Muitos administradores, supervisores, e até mesmo executivos executam suas responsabilidades com êxito sem serem grandes líderes. Porém, essas posições oferecem oportunidades para a liderança. A capacidade de liderar de forma eficaz separa os gestores excelentes dos medianos.
           Uma boa gestão empresarial exige rotinas de planejamento e orçamento porém, liderança vai além dessas funções. Grandes líderes mantêm as pessoas concentradas no objetivo de mover a organização em direção a seu futuro ideal, motivando-os para superar quaisquer obstáculos que venham a surgir no caminho.

Algumas das várias qualidades que um bom líder deve ter:


Integridade - Uma pessoa de integridade é o mesmo por fora e por dentro. Tal indivíduo pode ser confiável, porque não muda seus valores internos, mesmo quando é tendado a fazê-lo. Um líder deve ter a confiança dos seguidores e, portanto, deve mostrar integridade.

Dedicação - significa gastar qualquer tempo ou energia necessários para realizar determinada tarefa. Um líder dedicado inspira também, dedicação por parte dos funcionários.

Humildade – Líderes com humildade reconhecem que eles não são melhores ou piores que os outros membros da equipe. O verdadeiro líder tenta elevar as qualidades de todos.

Criatividade – é a habilidade de pensar diferentemente da maioria. A criatividade dá ao líder a habilidade de enxergar coisas que os outros não foram capazes enxergar e então, guiar os demais em novas direções. Uma das perguntas mais importantes que um líder deve fazer é “E se...?”.

Justiça significa lidar com os demais de maneira justa e consciente. Um líder deve checar todos os fatos e ouvir a todos antes de fazer um julgamento. Quando as pessoas sentem que estão sendo tratadas com justiça, recompensam o líder com lealdade e dedicação.
Mente aberta – significa saber ouvir novas ideias, mesmo se elas não vão de encontro com a maneira usual de pensar. Bons líderes são capazes de suspender julgamentos enquanto ouve as idéias dos demais. Desta maneira irá surgir respeito e confiança mútuos entre o líder e seus seguidores.







OS DIVERSOS TIPOS DE LIDERANÇA


INTRODUÇÃO

De maneira bastante interessante, nos dias atuais, é possível observar que diversas organizações vêm modificando o “chefe”, seja no conteúdo ou apenas na nomenclatura, demonstrando que aquela figura, relacionada a poder, autoridade e, até mesmo, repressão, não está mais condizente com o caráter contemporâneo que as organizações tomam atualmente.
Desse modo, podemos observar o surgimento de diversas nomenclaturas e formatações desses “chefes” como, por exemplo, líder. No caso de um cargo de chefia, no entanto, o conceito de líder é muito mais utilizado, sendo que o mesmo além de reformular antigas tarefas inerentes a seu cargo, tem como responsabilidade a gestão, ou seja, o líder também é gestor de seu setor e/ou empresa.
Nesse ínterim, a liderança começa a ser tema de muitas discussões, pois trata de relação de influência e poder entre indivíduos. A questão da liderança e sua relação entre líder e liderado já vem sendo objeto de estudo na psicologia e na administração. A liderança é um fenômeno social e como tal trata não somente dos indivíduos, mas dos grupos e das equipes.
Estudos sobre liderança têm sido feitos não somente de cunho acadêmico, mas também dentro das organizações com preocupações práticas a fim de compreender, explicar e validar características que transformam homens em líderes de sucesso. Desse modo, pode-se afirmar que estudar que o que vem a ser um líder e quais seus tipos existentes é de suma importância para que tanto o meio das organizações, quanto o acadêmico e o social estejam inteirados com a nomenclatura e, assim, justificando este estudo.
Assim, o objetivo do presente estudo é analisar o significado da palavra líder e, em seguida, analisar os tipos de líderes existentes na literatura sobre a temática que possuímos. Para isso a metodologia utilizada foi o levantamento bibliográfico com revisão crítica de literatura em administração, gestão, liderança, organizações, psicologia.

1 CONSIDERAÇÕES ACERCA DO LÍDER: definições

De acordo com Lessa (1999, p. 1), “o exercício da liderança é a arte de usar o poder que existe nas pessoas”. Assim, é possível compreender que a questão de ser líder vai além da figura que manda, mas sim é a pessoa que utiliza as pessoas para realizar as tarefas, atingir metas e alcançar objetivos, utilizando o próprio poder das pessoas.
Almeida e Dias (2003), coloca que a cada momento os estudos relacionados às questões de liderança tornam-se cada vez mais complexos, buscando parâmetros como, por exemplo, traços, habilidades, comportamentos, motivações, fontes de poder que possam determinar a liderança ou, então, seu processo de criação. Bergamini (1994) coloca que o objetivo dos estudos relacionados à questão é reconhecer quais características fazem um líder eficaz em sua influência aos liderados.
Para definir o que vem a ser liderança - antes de entendermos o que vem a ser líder - podemos recorrer à Selznick (1992, p. 22) que coloca que a “liderança é o ato de liderar, é suprir necessidades em um contexto social”. Desse modo, é possível afirmar que o processo ou ação de liderar não é, segundo o raciocínio do autor, “tão somente ter controle ou autoridade, mas um papel assumido por pessoas, seja esse papel consciente ou não” (p.23). O ser humano como um ser social vem, ao longo de sua história, desenvolvendo, formando e consolidando lideranças, que são bastante necessárias ao desenvolvimento das organizações e das próprias sociedade em todo o mundo.
Para Sant´Anna (2010),


liderar não é uma tarefa simples, pelo contrário, liderança exige paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um organismo vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos (SANT’ ANNA, 2010, p. 1).


Assim, o autor coloca que a liderança pode ser definida como um processo de “dirigir e influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo” (p. 2). Sant´anna (2010), ainda coloca que dentro desta definição encontram-se três implicações que devem ser levadas em consideração nos estudos e nas caracterizações sobre líderes:
1. A liderança envolve outras pessoas, isto é, onde existir mais de uma pessoa, haverá a necessidade de um líder, o que contribuirá na organização de um trabalho, tarefa ou até mesmo no convívio familiar.
2. A liderança envolve uma distribuição desigual de poder entre os líderes e os demais membros do grupo: A distribuição de poder dentro de uma empresa é sem dúvidas sua ponte para crescimento.
3. A liderança é a capacidade de usar diferentes formas de poder para influenciar de vários modos seus seguidores– Pode até faltar os recursos, só não pode faltar a criatividade para criá-los (SANT’ANNA, 2010, p. 4).

Assim, pode-se perceber que a função adequada do líder não é mandar e sim liderar, desenvolver a liderança, ou seja, é o indivíduo que exercita sua capacidade de persuasão, argumentação e carisma.


Mesmo não estando presente, ele é percebido como se estivesse, e sempre lembrado pela inovação e liderança. Tendo sua maior função de gerar novas idéias e colocá-las em prática. Ele deve liderar talvez ainda inspirar, ele não pode deixar que as coisas se tornem rotineiras, e para ele, a prática de hoje jamais será suficientemente boa para amanhã (SANT´ANNA, 2010, p. 5-6).


Conforme Almeida e Dias (2003, p. 14), o líder pode ter “autoridade delegada ou autoridade natural”. No primeiro caso - da autoridade delegada - a liderança vem de um cargo, da escolha de um superior e não necessariamente do grupo de trabalho. No segundo caso, o líder aparece porque se destaca no grupo. E ainda, as referidas autoras colocam que “esse líder exercerá atividades que influenciarão as pessoas a cooperar na execução de um objetivo que considera ideal”(p. 15)’.
É possível, no entanto, perceber a existência de diversos tipos de líderes na sociedade, sejam eles dentro das organizações/empresas, seja, em organizações sociais como associações de bairro, estudantis ou até mesmo dentro do âmbito familiar. No próximo item apresentaremos os tipos de líderes que a literatura do tema colocam em vista.

2 OS TIPOS DE LÍDER HOJE

Na literatura pesquisa percebeu-se a existência de tipos de líderes e estilos de líderes que, ao serem analisados se complementam e, dessa forma estudaremos ambas. O que percebeu-se, no entanto, é que os “tipos” são mais práticos e os “estilos” mais teóricos. Entendendo a importância dessas duas abordagens, este artigo apresentará primeiramente os tipos de líderes e, após, como complementação, os estilos que um líder pode possuir. Deve-se ressaltar que no entendimento desse estudo o estilo e o tipo de líder de complementam.
Sant’anna (2010), tipifica os líderes em seis categorias: autoritário, indeciso, democrático, liberal, situacional e emergente. Dentre esses tipos de líderes se poderá encontrar diferenciações fundamentais, de ordem prática, principalmente dentro das organizações empresariais.
O líder autoritário é aquele que mais se assemelha ao antigo “chefe”, pois determina as idéias e o que será executado pelo grupo, e isso implica na obediência por parte dos demais, sem questionamentos por partes destes. Segundo Sant’anna (2010), esse tipo de líder é “extremamente dominador e pessoal nos elogios e nas criticas ao trabalho de cada membro do grupo” (p.6). E ainda complemente dizendo que o líder autoritário é “uma pessoa ditadora e soberana, o que comanda o grupo só pensando em si, não aceita as idéias de outro membro do grupo” (p.5). Como conseqüência desse tipo de liderança, pode-se observar, conforme o autor, que o grupo reage de modo hostil e acaba se distanciando por medo.
O segundo tipo indicado por Sant’anaa (2010), é o líder indeciso. Esse tipo de líder não assume responsabilidades, não toma direção efetiva das coisas, vive no jargão “deixa como esta ,para ver como é que fica”(p.6). Assim, o grupo liderado pelo “indeciso” fica desorganizado, é inseguro e gera atritos entre os componentes do grupo.
O terceiro tipo de líder é o “democrático”, ou seja, líder do povo, eleito pelo povo e trabalha para o povo. Esse tipo de líder trabalha com a constante preocupação de que o grupo participe das decisões, estimulando e orientando, acatando e ouvindo opiniões e é ponderado antes de agir.


Aquele que determina, junto com o grupo, as diretrizes, permitindo o grupo esboçar as técnicas para alcançar os objetivos desejados. É impessoal e objetivo em suas críticas e elogios. Para ele, o grupo é o centro das decisões. Acreditamos que a ação do líder democrático é de suma importância para o progresso e sucesso de uma organização. Desse modo, observa-se que o grupo interage melhor, participa, colabora e se entusiasma com o trabalho desenvolvido ou a desenvolver.
O quarto tipo é o líder “liberal”. Sant’anna (2003), o define como um líder que participa o mínimo possível do processo administrativo, dando total liberdade de trabalho ao grupo no que concerne ao traçar diretrizes para o mesmo. Esse tipo de líder, segundo o autor, apresenta apenas alternativas ao grupo quando se faz necessário. O grupo, então, geralmente fica perdido nesse processo com esse tipo de líder - dependendo da maturidade do grupo -, não se tornando coeso.
Outro tipo - o quinto - de líder proposto por Sant’anna (2003) é o líder situacional, que assume seu estilo de liderança dependendo mas da situação na qual ele, ou o projeto, se encontra do que sua personalidade. A postura deste líder brota ante as diferentes situações que ele detecta no dia-a-dia. Possui um estilo adequado para cada situação. O grupo têm
segurança e motivação, mas por tempo determinado.
O sexto tipo de líder é o emergente. Esse líder, segundo Sant’anna (2010), é aquele surge e assume o comando por reunir mais qualidades e habilidades no que concerne à condução do grupo rumo aos objetivos diretamente relacionados à uma situações específica. O grupo, nesse contexto, reage bem, participa, colabora, pois sabem que quando houver necessidade o líder saberá o que fazer.
Para Almeida e Dias (2003), existem diversas teorias para os estilos dos líderes. Para as referidas autoras existem quatro abordagens principais que merecem ser indicadas nos estudos acerca da liderança. A primeira dessas abordagens é a da “teoria dos traços”. Essa teoria, de acordo com Bergamini (1994), enfoca os estilos de liderança.
A teoria dos traços, segundo Almeida e Dias (2003), enfoca os estilos de liderança a partir das qualidades pessoais do líder relacionadas a habilidades ou aspectos da personalidade. Para Bergamini (1994)


As características dos líderes passam a ser estudadas dentro de uma perspectiva universalista, como elementos em si mesmos, independentemente da situação e demais variáveis em meio às quais estejam em ação (BERGAMINI, 1994, p. 24).


Ainda de acordo com Bergamini (1994), logo após um outra teoria que analisava o comportamento do líder - além das características individuais - surgiu. Essa teoria ficou conhecida como a teoria do comportamento e tinha influência da teoria behaviorista das décadas de 1950 e 1960. De acordo com Almeida e Dias (2003, p. 22), essa teoria entendia que “ser líder não é uma questão de se possuir uma combinação de características, mas uma questão comportamental”. Nesse sentido, diferente da teoria dos traços, apresentada anteriormente, essa teoria admitia que como algo relacionado ao comportamento, a liderança poderia ser aprendida e aplicada.
A terceira teoria conhecida como teoria das trocas de autoria de Paul Hollander (apud Bergamini, 1994, p. 37) foca a relação entre as expectativas dos subordinados e as respostas que lhe oferece o líder. A liderança se define pela relação dinâmica de ação e reação. Sobre o aparecimento do papel do subordinado trata Bergamini:


É, portanto com essa nova perspectiva de caracterizar estilos que começa a aparecer a figura do subordinado em meio ao processo de liderança e que mais tarde passará a ser cada vez mais valorizada (BERGAMINI, 1994, 37).


A quarta teoria apresentada por Almeida e Dias (2003), é a teoria do enfoque situacional onde a compreensão da liderança não se dará por traços de personalidade, das características do subordinados, mas também conhecendo e analisando o contexto interno e externo do local onde essa liderança é atuante.


Assim, com base nos estudos de Bergamini, podemos dizer que o líder exerce a liderança, abdicando da necessidade do controle e da ordem, para comungar da plena liberdade entre os liderados. Em outras palavras, liderança é exercitar e proporcionar a liberdade. A busca constante dos estudiosos sempre foi por um líder ideal, um padrão mensurável e, sobretudo imitável (ALMEIDA e DIAS, 2003, p. 29).


Desse modo, Almeida e Dias (2003), resumem seus estilos de líder que podem compor os tipos apresentados, aqui, por Sant’anna (2010):

• O líder carismático caracteriza-se quando é atribuída ao líder uma qualidade extraterrena. Carisma é uma palavra grega que significa dom de inspiração divina, tal como habilidade de realizar milagres ou predizer acontecimentos futuros.
• O líder executivo aspira a ordem. Nasce da busca pelas organizações, pela administração do caos. É o reflexo do esforço humano em tentar se organizar. Para quem a ordem é a normalidade humana;
• O líder coercitivo ganha legitimidade na violência. Seja na imposição física ou verbal. Líder e liderado se repelem. O medo é a palavra chave;
• O líder distributivo limita-se a distribuir tarefas, não vai além do que já existe.
• O líder educativo exerce a liderança pela troca, onde todos são professores e alunos, é guiado pelo exemplo.
• O líder inspirador: Raramente precisa dar ordem, cada um sabe o que fazer e aonde ir (ALMEIDA e DIAS, 2003, p. 33).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O que foi possível perceber nesse estudo é que existem diversos tipos e estilos de liderança cada uma demonstrando características peculiares não somente do líder e de sua atuação mas de seu grupo de comandados. Assim, pode-se perceber que muitos dos líderes podem possuir estilos diferenciados complementando os tipos nos quais eles são enquadrados.
O que na verdade chama a atenção é que mesmo a sociedade observando a necessidade da mudança no que concerne a comando e comandante, ou seja, mudar aquela figura de chefe que manda, desmanda, detém o poder, etc., se faz necessário o líder que deve trabalha com o grupo, deve trabalhar o grupo, para que este possa ser cada vez mais organizado e produtivo.
Porém, vemos que ainda existem “chefes” sob o nome de líder, demonstrando total autoridade perante seus liderados - que ainda são subordinados - fazendo com que o grupo de trabalho seja distante, desunido e desmotivado para o desenvolvimento de qualquer tipo de trabalho conjunto.
Assim, pode-se concluir que existem, de maneira prática seis tipos de líder: autoritário, indeciso, democrático, liberal, situacional e emergente bem como os estilos de líder que são: carismático, executivo, coercitivo, distributivo, educativo e inspirador.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, C. e DIAS, V. Tipos de liderança na relação gestor e assessor. Monografia de Conclusão de Curso. UFBA: 2003.
BERGAMINI, Cecília W. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas, 1994.
LESSA, Jorge. Mandar é fácil, Liderar é difícil. 2ª ed. Salvador: Casa da Qualidade, 1999.
SANT’ANNA, V. Liderança e seus tipos. Disponível em: www.lidersantanna.com.br/tipos. Acesso em: 20/01/2010.
SELZNICK, Philip. A Liderança na Administração: uma interpretação sociológica. Trad.: Arthur Pereira e Oliveira Filho. Rio de Janeiro: FGV, 1992.
Autor: Referencia Academica

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